domingo, 21 de novembro de 2010

Fim ao Passado

Final de ano sempre é bom para fazer uma reflexão geral do que você durante o ano, deletar o que não deu certo e rever os seus conceitos e atitudes em relação a vida. Esta poeta que vos escreve decidiu por um fim ao seu passado, lembranças que só me faziam voltar ao passado e não caminhar a frente. Assim, uma vez por outra me sentia depressiva, solitária, com esperanças de que o passado pudesse voltar. Mas, tudo não passou de uma decepção. Decidi então deletar meu passado, peguei fotos que me traziam uma certa angústia, melancolia rasguei uma por uma, sem dó nem piedade. Roupas, sapatos que não usava mais já havia um certo tempo e só ocupavam espaço no meu quarto, enchi duas sacolas e fiz uma doação no asilo. Depois que fiz essa limpeza, me senti leve como uma pluma. Uma felicidade tomou conta de mim. E não era um sonho que logo passa, e sim realidade. É fácil pronunciar palavras, versos. Dizer que algo ou alguma pessoa não mexe com você, quando você pensa que "esqueceu" um amor do seu passado, algo que te aconteceu. E de repente, você cruza o caminho com essa pessoa e aquele sentiemnto retorna com total intensidade. Nunca me senti tão idiota por alguns segundos. Foi ótimo tal sentimento, pois nesse exato momento decidi acabar de uma vez por todas. Libertei-me de mim mesmo. Termino com uma frase que diz "A felicidade é algo simples, que o ser humano complica"

sábado, 23 de outubro de 2010

COTIDIANA SOLIDÃO

Depois de uma semana agitada, pauleira, cansativa, chega enfim o tão sonhado final de semana. Na sexta feira, pessoas que trabalham batendo cartão, quando se aproxima o fim de semana já agendam o que irão fazer no período de um fim de uma sexta ao fim de um domingo. Está cada dia mais difícil de se ter reunir pessoas, até amigos por incrível que possa parecer. Explico: Não consigo simplesmente tomar uma cerveja com uma pessoa, sem que tal leve a segunda, terceiras intenções. Cara, até por msn fui convidar um amigo para tomar uma simples cerveja comigo e tal pessoa falou que não podia, que não queria nada comigo. Um absurdo, na minha opinião. Então, prefiro ficar na minha solidão cotidiana, tomando meu vinho, minha cerveja seja em um balcão de uma padaria, ou numa mesa de bar, ou ainda simplesmente no aconchego do meu quarto do que ter que dividir meu espaço com tais pessoas de mentalidade tão pequena. Será que tudo hoje gira em torno de sexo? Não se pode ir para uma mesa de um bar, falar sobre um livro, ter uam conversa agradável? Fico por aqui mesmo...quem sabe um dia, espero que ainda dê tempo para acabar com tal preconceito.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

            Revista Pausa
                                                                                      
                                                                         Marcelo Ariel
       

Entrevista com a poeta Máh Luporini
1- Duas coisas me chamaram a atenção neste seu primeiro livro, a capa que me lembrou a estética dos fanzines, discos de punk rock e cartas anônimas e a sensação de que todos os poemas formam um único poema, é impressionante a organicidade dos poemas do livro, você concorda com isso ou os vê como pedras de toque ou núcleos isolados que não se conectam entre si?

Resposta: Você foi, Ariel a única pessoa que teve a sensibildidade que identificar que, na realidade, o livro "Ausências" começa pela capa. A criação da capa foi feita pelo poeta Dailor Varela, onde ele fala a respeito " Utilizando de um branco mallarmaico e de um grafismo, onde as letras são apenas signos, a capa é um poema visual, uma provocação e inquietação que a autora continua nos poemas no livro, com seus versos extremamente sintético, cercados pelo mesmo branco mallarmaico." Quanto aos poemas, não os vejo como núcleos isolados, todos tem uma ligação, embora um não complete o outro. Cada um tem seu momento, sua história.
       

2- Ao abrir o livro com duas epígrafes, uma de Caetano Veloso e outra de Bob Dylan, você para mim amplia o sentido do título, isso é algo que pode passar despercebido, o título do livro e as epígrafes , o todo me transmitiu um desencanto,a idéia de que houve a tentativa de síntese do desencanto e seus poemas evocam a economia do epigrama, são comoa fotografia de uma emoção que em vários momentos me pareceu uma meditação sobre a impermanência e o desencanto. O que você pensa a respeito disso?

Resposta: É claro que Bob Dylan e Caetano Veloso não estão lá por acaso. Os poemas do meu livro são reflexões filosóficas. Muito antes de Caetano e Dylan, os filosófos gregos já tinham essa mesma reflexão, base de toda filosofia, que passa pelo existencialismo de um Sartre. Você como poeta e livre pensador sabe que a matéria prima da poesia é o olhar as inquietações e traduzi-las em versos. É  uma viagem para dentro, que aliás é o título de uma das canções do Milton Nascimento. Eu estou no começo dessa viagem e não seria cabotina em afirmar que sou uma grande poeta. Estou apenas engatinhando.
       

3- Uma palavra recorrente em muitos poemas é justamente 'palavra', mas os seus poemas escapam por pouco do vício da metalinguagem tão comum em poetas contemporâneos e se aproximam mais de uma percepção da  'ilusão literária', como a chamava o grande e esquecido crítico Eduardo Frieiro, o que significa para você o tal 'dom da palavra', uma maldição como afirma o poeta Dailor varela na apresentação do livro ou o oposto disso?

Resposta: A partir do momento em que eu escrevo e leio muita poesia; as palavras passaram a integrar meu universo cotidiano como o ato de respirar. Imagine você que eu já sonhei com palavras rondando soltas pelo meu quarto. É esta intimidade imaginária com as palavras que me fazem escrever, posso até ser obssessiva nesta intimidade. Sobre o " dom" de lidar com palavras é uma discussão bem polêmica. Creio que todo poeta tenha uma ligação
       com forças cósmicas e que não podem ser explicadas á luz da razão.  
       

4- Fale um pouco sobre o jornal O GRITO e sobre a convivência literária, se é que podemos reduzir a um termo como esse algo tão amplo, com seu pai, o jornalista e escritor Dailor Varela?
       

Resposta: O Jornal O GRITO, de circulação mensal, distribuição dirigida, estamos nessa luta há três anos. A ideia de se fazer um jornal cultural foi um desejo de renir cabeças pensantes. O poeta, escritor são seres desesperadamente solitários. Como diz uma frase do poeta Fernando Pessoa " Ser poeta não é uma ambição minha, é a minha maneira de estar sozinho". O GRITO tem um prazer de ver " a tribo toda reunida" como diz uma canção do Beto Guedes. A convivência com meu pai Dailor Varela é de uma aprendizagem diária. Acrescento aqui que o fato de morar com o escritor, jornalista e meu pai não teve qualquer herança genética. É óbvio que tenho ao minha disposição uma boa biblioteca de poesia e isso é um privilégio para meu trabalho como poeta. Por outro lado, meu pai não tem a "corujice" de me incentivar a ser poeta. Ele é apenas um leitor rigoroso e crítico como qualquer outro. 
       

5- Como você vê a cena literária e a situação do livro, do leitor e do autor nos dias de hoje?


Resposta: Vejo como uma triste realidade. Livro é um objeto " estranho" para a grande maioria das pessoas. Principalmente poesia. Costumo muito frequentar sebos e já teve casos que quando cheguei a perguntar onde se encontrava livro de poesia, a pessoa se assustou. Há um desinteresse geral, por mais absurdo que possa parecer no meio cultural do Vale do Paraíba, SP ninguém conhecia um livro de uma Ana Cristina Cesar, um Roberto Piva, um Maiakovski, um Dylan Thomas e por aí segue. Poucos são os poetas e escritores quem o hábito de ler bons autores. O livro jamais acaba, para mim não tem prazer maior do que você pegar um livro para ler, folhear, tomar nota do que mais te interessa. O que falta é uma pesquisa intensa da parte dos escritores e muita leitura.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

FERIADO

Esta poeta que vos fala está saindo de "férias", descanso merecido. Estou indo para Limeira visitar e matar a saudades dos meus familiares. Não caberia todos aqui. Retorno na quinta feira com todo vapor e energia renovada, assim espero. "Todas as Letras de São José" a caminho, Semana Cassiano Ricardo, Concurso Público, Vestibular, Enem, etc.

A poesia? Essa está sempre em primeiro lugar, minha companhia em todas as horas, momentos. Estou atualmente "devorando" Ciclones, de Piva.Recomendo, não só esse. Quizumba, Paranóia, 20 poemas com Brocoli.

Boa Viagem, para quem vai curtir o feriado prolongado e para quem fica,
 Bom Descanso!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nostalgia

Solidão no meu quarto na companhia dos livros, cadernos. Sinto-me sufocada, quero respirar, soltar esse grito. Repouso algumas horas, acordo com a sensação de um corpo estranho ao meu lado, utopia apenas. Queria que fosse real. Por algumas horas, talvez. Pensamentos me pertubam, fecho os olhos, me trasnsporto para um mundo ao qual não conheço, tenho asas para voar, ir e vir quando quiser. Hoje vivi nostalgias, lembranças que marcam uma história, um passado e um presente. Revi pela segunda  vez o filme de Camile Claudell, belo, recomendo a quem não conhece. Minha alegria atual são livros, leitura. Acordei trancada em mim, sem saber quem eu sou. Logo passei por um sebo, entrei e ali por alguns instantes me senti feliz. Encontrei meus poetas preferidos, " meus filhos", reeencontrei um livro do poeta Roberto Piva "Ciclones", perdido entre outros poetas. Maiakovski, Pound, Jorge Luis Borges, Fernando Pessoa, Rimbaud e tantos outros.

sábado, 25 de setembro de 2010

Deixando o mundo real

Somos vítimas de tantas injustiças. Ontem, sexta feira tive uma surpresa não agradável. Passei o resto do dia, questionando e questionando o porque deste mundo tão caótico. Vontade de me esconder em um buraco e de lá não mais sair. Ou ainda viver no meio do mato, sem essa loucura do cotidiano. Só ouvindo o canto dos pássaros, o barulho do vento. Dormi cedo, assim esqueço quem sou, de onde eu vim. No sonho, tudo é real.
Nunca amei tanto uma frase do poeta Cazuza" pessoas de alma tão pequena"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ausências

Visitem o blog de poesias "Ausências", onde me desfaço em versos:

http://www.mahluporini.blogspot.com/

Início de Semana

Início de semana, como sempre agitada. As letras são meu refúgio, meu prazer. Fui convidada a participar de dois eventos literários, um pouco de surpresa, estou mergulhada de corpo e alma nesses dois eventos. Procurar o que declamar, folhear livros, mudar os versos, amo o que faço. Estou rabiscando, quem sabe um próximo livro. Darei mais detalhes em breve. Agradeço o carinho que todos tem por mim neste blog. Leiam e levem a poesia, os escritos adiante.

domingo, 19 de setembro de 2010

É chegada a Primavera!

Tive uma noite não muita boa. Livros, papeís e canetas dormem ao meu lado. Acordo com algumas palavras, pego meu caderno e meu lápis e me ponho a escrever. Por volta de umas 2h00 da manhã, acordei com uma tremenda fome, doidera, mas de vez em quando acontece. Tive preguiça de levantar, dormi novamente. Volto a folhear o livro de Walt Whitman, recomendo a quem não o conhece. A poesia é meu ópio diário e constante. Tempo frio na Serra da Mantiqueira, olho o jardim, é chegada a primavera. Parece que as rosas falam contigo. Tomarei uma taça de vinho seco, brindarei á arte, á simplicidade, á poesia, á loucura. E dormirei o sono das águas tranquilas e adormecidas deste vale.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Parte de um Sonho Realizado

To feliz! Fui aprovada em um concurso público, para trabalhar de Agente de Serviços Escolares.  Ganhei,  meu início de tarde. Minha semana foi agitada. Enfim, chegou a tão sonhada sexta feira. Desejo a todos um ótimo final de semana, com muita poesia. A arte é meu refúgio.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Fora de Órbita

Não dormi muito á noite. Sonhos estranhos. Em outubro, já fiz essa promessa a mim que saio fora de órbita, vou fazer um tour ecônomico e familiar. Pretendo passar por Limeira, Campinas, Rio Claro, Araras, Piracicaba, e outras que agora ainda não decidi. Jamis vou largar a literatura, ela me consome dia a dia. Meu alimento diário. Estou, no momento envolvida com os estudos, pretendo fazer Letras na USP. Vamos ver no que vai dar. Não perco nenhuma oportunidade, já tenho outras áreas em vista. Para quem já vendeu por um bom tempo( meu primeiro emprego) Plano Funerário Bom Pastor, de porta em porta. Comecei na cidade de Limeira, depois comecei a trabalhar pela região(Campinas, entre outras). Já vivi cada história nestes tempos, outra hora eu compartilho com vocês. Coisas que me fazem feliz hoje são os amigos(poucos) mas que estão comigo sempre, me animam. E outros que nem conheço pessoalmente, mas fazem parte desta minha lista. São raros, mesmo. Sempre tento me definir, não me acho nesta sociedade, onde o que conta são os status, poder, " grana que destroí  coisas belas" como diz Caetano Veloso. Até uma hora qualquer, se precisar de um desabafo, to por aqui.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Substâncias Silenciosas

Hoje acordei de bem com a vida, feliz! Tive uma noite longa, agitada e pensativa, depois de começar a ler a Antologia de Dylan Thomas, sem comentários. Suas palavras, versos é de uma "substância" forte, como absinto. Recebi hoje a entrega dos certificados do cursos de Hotelaria que eu fiz, começo de julho. Governança e Recepção e Reservas, agora é começar a atuar na área.

" A poesia é um instrumento, não um estigma sobre o papel".

Gosto de coisas difícies de decifrar, fazer pensar. Nada mastigado. Quando escrevo, não sou eu que escrevo, outro ser me habita nas noites silenciosas e campestres deste vale. Quero me embriagar com a loucura das palavras dançantes.    

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Parte II

Retornando aos meus escritos, de ontem para hoje nada mudou muito. Concordo com o comentário que me deixaram anteriormente, dizendo que hoje se trocou a solidão da TV pela internet. Estamos quase chegando as eleições, votem consciente, por favor. Não há como voltar ao passado depois. Fazemos escolhas, umas certas, outras erradas. Noite passada, estava vendo a propaganda eleitoral, meu cais. É  uma comédia. Cada figura que o TSE deveria proibir a candidatura. Esses dias, na bucólica cidade de Monteiro Lobato, SP achei um destes santinho colocando o nome de Deus na campanha, dizendo que " era da vontade  de Deus" que o fulano fosse eleito. Parece piada, mas não é. Sai da sala, preparei mais café e coloquei um filme para assistir( por volta das 21h00), "E.T", um clássico fascinante e inocente. Depois de um dia cansativo de trabalho, chegar em casa para relaxar, ligar a TV e se deparar com tais figuras no horário eleitoral, não dá.
Tira qualquer inspiração. Antes de me deitar, leio alguns livros de cabeceira( Fernando Pessoa, Ana C.Cesar) e me deito.
Se fosse possível viver de poesia, que maravilhoso seria. Ou ainda viver como no filme de "Alice no País das Maravilhas".... A vida prática continua e precisamos dela para sobreviver. Antes de se deitar, leia um livro qualquer que seja ao seu agrado, veja um filme( não de violência), pois senão você corre o risco de ter pesadelos. Veja desenhos. Grite, desabafe. Curta cada momento de sua vida, com prazer. Beba um vinho seco( de prefêrencia), com responsabilidade. Se beber e for dirigir, pegue um táxi ou vá de carona. Não corra ao trânsito. A vida é feita de pequenos prazeres e gestos. Faça isso.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Divagações Parte I

São 7h00 da manhã, levanto e vou caminhar pela Rodovia que dá acesso ao Distrito de S.F.Xavier. Minha caminhada matinal durou pouco, pois logo no início encontrei caixas de papelão, garrafas pets, latinhas jogadas no caminho. Fiquei indignada, juntei tudo em um saco plástico e levei ao lixo mais próximo de casa. O que mais me revolta é que tais pessoas que isso fazem são classificadas de  seres humanos. Em casa, fui passar um café fresco( meu vício assumido), reorganizar meus escritos. Como estou sem computador, fui á uma lan house perto de casa, uns 15 minutos. Passo quase sempre minhas manhãs e tardes por lá. Nessas minhas idas a este mundo cibernético, descubro cada dia que as pessoas se sentem cada vez mais solitárias. Resolvi arriscar uma porcentagem desta solidão: Mais de 50% das pessoas que eu troco mensagens instântaneas, e-mails estão em um relacionamento, sejam casadas, noivas, namorando, etc. E desabafam comigo,  em off muitas vezes. E os outros 50% são pessoas  sozinhas, cercadas de amigos, conhecidos, mas sem coragem de se assumir sua solidão. Eu assumo minha solidão, gosto de viver assim. Não me preocupo o que tais pessoas pensem, o que importa é ser feliz. Relacionamento entre homemxmulher, complicadíssimo. E morar junto então, nem me fale. Falo com conhecimento de causa, e não deu certo. Não sou dada á regras, satisfação. Faço uso da minha liberdade individual. Não tenho filhos e nem quero te-los. Nada contra as crianças, mas optei por não ter, será que posso? Termino a noite ao som dos Titãs com a música "Família", diz tudo. Sem comentários.