quarta-feira, 1 de junho de 2011

SENTIMENTO ADORMECIDO

No decorrer das últimas semanas sinto-me confusa, inquieta. Novas experiências trouxeram-me um sentimento que estava adormecido há tempos; o amor. Para alguns pode parecer simples, mas não é. Me relacionei com uma pessoa durante dois anos.  Tal sentimento explodiu que fui precipitada em vários aspectos, como morarmos juntos, algo que não o recomendo. Depois da experiência, me fechei para outras, que talvez pudesse viver novamente. E o passado te trai a cada segundo. Como seria bom se realmente pudessemos desligar de tudo e de todos, como uma máquina que tem um prazo de validade. Tinha de fato  esquecido o que era sentir o coração descompassado, as mãos frias, a troca de olhares. Tal sentimento me pegou de surpresa e não sei como agir, o que fazer. Vivo há 4 anos solta, com minha liberdade individual bem clara, sem ter que dar satisfações a uma segunda, terceira pessoa. Curto minha liberdade, falo o que penso. Vivo no meu quarto com meus livros, cadernos, papéis. Gosto de tomar um vinho, café no balcão da padaria, anotando meus pensamentos que surgem ao decorrer deste encontro entre a solidão e o alcool.
Sinto-me como uma adolescente vivendo seu primeiro amor e tenho medo. As relações humanas são confusas e possessivas. Dou uma chance a mim? A esse amor? Meus neurônios estão em erupção, sem ação.  Lembrei-me de um verso do poeta português Fernando Pessoa que " o amor é uma companhia". Mas até quando isso é real?